terça-feira, 16 de novembro de 2010

Para você, Para você e Para Você também!

Tenho a conciência de que estamos, inevitavelmente, sozinhos no mundo. Não importa se temos ótimos ''amigos'', alguém para dormir, mães e pais espetaculares. No fim das contas, somos apenas nós. Tomando decisões e tendo que lidar com as consequências delas, sozinhos.
Não posso negar que estou um pouquinho influenciado pelo fato de uma das minhas amigas mais próximas estar toda namorandinha com o mais novo emo da Germania. Fico feliz por ela, claro. Ela merece alguém legal. Mas é que toda vez que essa minha amiga começa a sair com alguém, eu automaticamente deixo de existir na vida dela. Mentira. Eu continuo existindo para ouvir as novidades e dar algumas opiniões que quase nunca são ouvidas. Tirando isso, sou cortado fora da agenda tá?
Minha mãe sempre me disse que as amizades são circunstanciais. Minha mãe é apocalíptica e adora ver o pior lado das pessoas, por isso nunca levei esse conselho em consideração. Mas numa coisa ela está certa. Minha rede de amizades flui de acordo com uma variante invariável: quem está solteiro.
Na verdade, também entram nesse grupo os amigos com relacionamento em crise. Esses costumam ter uma agenda bem mais disponível que os amigos emocionalmente felizes. Aliás, eu vou falar uma coisa. Nada mais chato do que um amigo emocionalmente feliz. Quer dizer, tudo bem estar feliz, que bom, que bom mesmo. Mas custa ter um porém? Um entretanto? Tipo "tô saindo com uma mina incrível, engraçada, extraordinária, pena que ela é manca e caolha". Custa?
Uma pessoa emocionalmente bem resolvida ''potencializa'' todos os seus complexos e as suas inseguranças. Só serve pra você se dar conta do quão patética e vazia é a sua própria vida. rs
E como você realmente está sozinho. Apesar dos seus amigos ótimos, do alguém que você dorme e dos seus pais super válidos. Ah e do seu cachorro de estimação que te faz companhia - exceto se ele estiver desaparecido há dois anos, de maneira misteriosa, e até hoje você tiver sonhos estranhos em que ele volta de um mestrado em Nova Iorque.
Em vista disso tudo, eu só digo uma coisa: acostume-se com a sua cara. Você vai passar muito tempo sozinho com ela. Agora Amiga e Amigo um recado para vocês:
(Se o desespero bater, procure o cirurgião plástico mais próximo.)

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